sábado

MARATONA SONORA "A CURA"
THE CURE

Anhembi 6/4/13


































Texto: Rozineide M Cruz - a Crug

Envolvente, inebriante, uma viagem no tempo guiada por uma voz de timbre desconcertante, único e marcante.
Até o clima da noite compactuava para o que viria. Eram muitos, milhares que a mais de 17 anos esperavam “a cura”. E ela veio. Lá estavam eles! Um pouco mais velhos, afinal, lá se vão quase duas décadas. O público, cerca de 30.000 trinta mil, agora não mais de adolescentes dos anos 80, finalmente, se reencontrava com o “front man” e, um dos maiores ícones do movimento Gótico pós Dark, mister Robert Smith e seu “The Cure”.

Quem esteve presente no Anhembi, nunca irá esquecer o que foi participar de uma verdadeira maratona musical com uma única banda que começou pontualmente ás 20h15min da noite do último sábado e, quase virou as doze badaladas do domingo. O The Cure deu aos seus fãs a justificativa pelo valor do ingresso – coisa que muitas bandas por aí não dão, o mais comum é repertório curto e preços altíssimos – duração de 3h15min de show.


Com um set list que visitou praticamente toda a discografia da banda, o The Cure lavou a alma de todos. A banda provou que show bom não é só aquele cheio de efeitos especiais e palcos gigantescos, mas aquele em que a banda é o centro de todas as atenções. “-... quero sair do palco esgotado”! Disse o vocalista e líder Robert Smith. E com certeza saiu. A maratona só foi interrompida na apresentação dos dois Bis.
O show segue uma linha tênue entre a empolgação do público com os “hits” e o lirismo da textura instrumental da banda que leva os fãs quase a um estado hipnótico.



Ao final, pudemos ouvir frases como: “Meu Deus, to quase levitando”; “Quero sair, mais ainda não encontro o chão”; “Êxtase total”. Essas dentre tantas outras frases descreviam o estado de espírito que encontramos na Arena Anhembi durante e após o show.
O The Cure e a sua “poesia gótica” deixaram claro que: banda boa que tem o que dizer, segue a estrada, vira clássica e, não se reafirma, simplesmente, se perpetua. Valeu Robert Smith (voz e guitarra), Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (Bateria), Roger O’ Donnell (teclado) e Reeves Gabrels (guitarra) por reunirem a geração anos 80 e seus descendentes entre os milhares de fãs presentes numa noite embalada por 40 canções que passearam por mais de 30 anos de carreira pinceladas com “dancinhas” de seu vocalista, é claro!


Até a próxima. Sintam-se tocados pelo set-list da banda em São Paulo:



PITACOS DA CRUG

Único ponto negativo do show? Boa parte dos presentes que só conhecem do The Cure o que ouviram no rádio, e outros, que vão só de balada por ser fim de semana, ao ouvirem os hits, simplesmente, vão embora ou ficam de bobeira papeando, bebendo sem nenhum respeito por quem está no palco dando o seu melhor, mesmo já sendo consagrado. Diferente de muitos, que ainda nem traçaram a primeira linha do caminho.
Para onde foram os fãs de verdade? Acorda galera!


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