segunda-feira


AGENDA ROCK LOTADA

A rota do rock no Brasil está mais aquecida do que nunca. Shows esgotados mesmo com ingressos caros


Com exceção da inauguração da Arena Allianz Parque – antigo Estádio do Palmeiras –, outros espaços já conhecidos como rota de shows em São Paulo e em outras cidades do Brasil estão com suas agendas cheias neste semestre. Do pop ao metal, turnês de diferentes vertentes do rock pousarão por aqui nos próximos meses. Pra quem já garantiu o ingresso e para os que ainda sonham com ele, segue agenda que está fechando o ano.


AGENDA SÃO PAULO


 25/09/14 – Queens Of The Stone Age – Espaço das Américas














30/09/14 – Franz Ferdinan – 
Espaço das Américas 















16/10/14 – 
Thirty Seconds To Mars – 
Espaço das Américas








18/10/14 – Jon Anderson 
(ex-vocalista do YES)
HSBC Brasil




 23/10/14 – Roger Hodgson 
(ex-vocalista do Supertramp)
Espaço das Américas






01/11/14 – Circuito Banco do Brasil
Kings Of Leon, Paramore
MGMT, Skank, Pitty
Campo de Marte





02/11/14 – 
Echo & The Bunnymen 
HSBC Brasil










05/11/14 – The Drums
Cine Joia












11 e 12/11/14 – Deep Purple 
– Espaço das Américas














14/11/14 – Artic Monkeys 
abertura The Hives – Arena Anhembi








16/11/14 – The Hives
Cine Joia








21/11/14 – Kansas –
HSBC Brasil















25 e 26/11/14 – Paul McCartney
Allianz Parque






27/11/14 – Jake Bugg –
Citibank Hall












PITACOS DA CRUG










Money for Nothing?



No segundo semestre, pelo menos de 2 a 3 shows internacionais a cada mês até o final do ano farão parte da agenda rock.
Bom para os fãs que podem escolher o que querem ver, certo? Não. Não é bem assim. A oferta nem sempre é maior do que a procura. E, ainda, tem o fator ingresso. Desde que o rock saiu da garagem para invadir Estádios e Arenas ao redor do mundo entrou para o “mainstream”, tornou-se um grande negócio, e isso, influenciou diretamente o preço dos ingressos. Hoje, os tickets – ingressos –, são verdadeiro sonho de consumo, objeto de desejo conquistado com euforia por alguns, inacessível a outros e disputados por todos na concorrência com “cambistas”. A evolução dos negócios também fez surgir um novo cenário de venda de ingressos: antecipados para associados, portadores de cartões especiais, por lotes, cartões débito e crédito à vista ou parcelado e, por fim, em dinheiro. Essa contramão de preços elevados versus facilidades veio com um novo público. Somaram-se ao visual despojado da camiseta de banda, do jeans rasgado, da camisa xadrez, do lenço na cabeça, do coturno ou do velho tênis do roqueiro tradicional os “poses” ou “modistas do rock”. Com mais poder aquisitivo, bem vestidos, articulados, geralmente, ocupam as novas Áreas Premium; podem não ser fãs de carteirinha, mas apreciam bons shows. Dá pra dizer que a profissionalização do mercado de entretenimento transformou  os shows em “Mega shows” rachando o público ao meio e abocanhando uma boa fatia do bolo ao qual o roqueiro de épocas mais “românticas” tinha acesso. É claro que muito se ganhou, a tecnologia, a conectividade e as novas mídias favorecendo a interatividade e ao show business. Mas também é certo que muito se perdeu. A essência do rock: a atitude, o estilo de vida, a postura, a representação do underground pelos fanzines e as pequenas edições, o som da garagem. Enfim, "business is business", sempre há um preço a se pagar pela evolução. Nesse caso, o tênis e o jeans perderam espaço para o salto alto.