O TALENTO E A EMOÇÃO ATROPELARAM A FRAGILIDADE
Allianz Park, SP 25Fev2018
Rozineide M Cruz
Passava pouco das 20h00 do domingo quando um senhor - nos recusamos a chama-lo de velho -, vestido informalmente de preto, caminhando devagar com o corpo um pouco curvo, apoiado em uma bengala, adentra o palco e logo se senta em uma cadeira confortável. -"Boa noite São Paulo"! Parecia incrível, mas diante de um público de 38.000 mil pessoas em êxtase o senhor da voz era Phill Collins.
A espera foi longa, mais de três décadas e, após os cariocas, finalmente, chegava a vez de Sampa ver um dos maiores "hitmakers" do planeta, produtor, multiinstrumentista, cantor, compositor e eterno baterista da banda de rock progressivo Genesis, o britânico Phill Collins.
Um show curto, cerca de uma hora e meia, com um setlist recheado de hits. Longe de estar no auge de sua carreira e da plena forma física, visivelmente debilitado, caminhando com dificuldade e auxílio de muleta devido a problemas na coluna enfrentados desde 1999, inclusive uma cirurgia para corrigir uma vértebra deslocada no pescoço que o fez perder parte da sensibilidade dos dedos das mãos forçando-o a parar de tocar bateria e, também a ficar sentado durante todo o show, ainda assim, quando ele solta a voz mostra que continua sendo o genial Phill Collins. Tudo ganha mais sentido quando lembramos o título de sua biografia lançada em 2016 que dá nome a sua turnê "Not Dead Yet" (Ainda Não Morri), define bem e com humor, o momento presente vivido pelo músico.
Se faltou vigor, sobrou em emoção. Pouco antes do início do show, o público que o esperou por mais de 30 anos, pôde curtir sua linha do tempo em fotos exibidas nos telões que deu uma boa pincelada em toda sua trajetória, como baterista do Genesis á carreira solo até os dias de hoje. Um aquecimento para sua entrada no palco ovacionada pelos milhares de fãs presentes ao Allianz Park em São Paulo.
Phill provou que a voz e a interpretação estavam intactas através do setlist que incluiu entre outras "Follow You Follow Me", "Invisible Touch" e "Throwing It All Away" do Genesis e clássicas solo como "Against All Odds (Take a Look at Me Now) " e "Sussudio". Alguns clássicos ficaram de fora, como "One More Night", "Do You Remember" e até para os mais otimistas "Mama" do Genesis, o que desagradou fãs menos avisados e mais exigentes que, talvez tenham desconsiderado a extensa discografia e a atual condição do músico que impossibilita shows mais longos.
Certo é que, o baixinho Phill Collins, aos 67 anos, mesmo sentado deu show, emocionou e proporcionou momentos marcantes como a apresentação do filho Nic de 16 anos junto com os outros integrantes da banda (foi o último a ser apresentado) que tocou muito e nos deu a certeza que o legado Collins, ao menos na bateria, está garantido, a interpretação da densa "In The Air Tonight", remetendo à todos ao auge de sua carreira solo nos anos 80, quando ele levava o público ao delírio ao assumir as baquetas durante os shows provou isso. E, ainda, a festa colorida de "Sussudio" e a apoteótica "Take Me Home" acompanhada de fogos que finalizaram o show.
Pena é pensar que ao longo de quatro décadas, assim como os músicos da banda inglesa The Who, Phill Collins ignorou os milhares de fãs latinos e brasileiros, negou-lhes o prazer de vê-lo em plena forma, vindo somente agora que o final da carreira parece próximo. Não dá pra negar que um sentimento de melancolia, inevitável, pairou no ar, principalmente, entre aqueles que já passaram dos 40. Por isso é difícil dizer até breve Phill.
SET LIST PHILL COLLINS 25Fev
SET LIST THE PRETENDERS 25Fev
As imagens podem estar sobre direitos autorais.
A espera foi longa, mais de três décadas e, após os cariocas, finalmente, chegava a vez de Sampa ver um dos maiores "hitmakers" do planeta, produtor, multiinstrumentista, cantor, compositor e eterno baterista da banda de rock progressivo Genesis, o britânico Phill Collins.
Um show curto, cerca de uma hora e meia, com um setlist recheado de hits. Longe de estar no auge de sua carreira e da plena forma física, visivelmente debilitado, caminhando com dificuldade e auxílio de muleta devido a problemas na coluna enfrentados desde 1999, inclusive uma cirurgia para corrigir uma vértebra deslocada no pescoço que o fez perder parte da sensibilidade dos dedos das mãos forçando-o a parar de tocar bateria e, também a ficar sentado durante todo o show, ainda assim, quando ele solta a voz mostra que continua sendo o genial Phill Collins. Tudo ganha mais sentido quando lembramos o título de sua biografia lançada em 2016 que dá nome a sua turnê "Not Dead Yet" (Ainda Não Morri), define bem e com humor, o momento presente vivido pelo músico.
Se faltou vigor, sobrou em emoção. Pouco antes do início do show, o público que o esperou por mais de 30 anos, pôde curtir sua linha do tempo em fotos exibidas nos telões que deu uma boa pincelada em toda sua trajetória, como baterista do Genesis á carreira solo até os dias de hoje. Um aquecimento para sua entrada no palco ovacionada pelos milhares de fãs presentes ao Allianz Park em São Paulo.
Phill provou que a voz e a interpretação estavam intactas através do setlist que incluiu entre outras "Follow You Follow Me", "Invisible Touch" e "Throwing It All Away" do Genesis e clássicas solo como "Against All Odds (Take a Look at Me Now) " e "Sussudio". Alguns clássicos ficaram de fora, como "One More Night", "Do You Remember" e até para os mais otimistas "Mama" do Genesis, o que desagradou fãs menos avisados e mais exigentes que, talvez tenham desconsiderado a extensa discografia e a atual condição do músico que impossibilita shows mais longos.
Certo é que, o baixinho Phill Collins, aos 67 anos, mesmo sentado deu show, emocionou e proporcionou momentos marcantes como a apresentação do filho Nic de 16 anos junto com os outros integrantes da banda (foi o último a ser apresentado) que tocou muito e nos deu a certeza que o legado Collins, ao menos na bateria, está garantido, a interpretação da densa "In The Air Tonight", remetendo à todos ao auge de sua carreira solo nos anos 80, quando ele levava o público ao delírio ao assumir as baquetas durante os shows provou isso. E, ainda, a festa colorida de "Sussudio" e a apoteótica "Take Me Home" acompanhada de fogos que finalizaram o show.
Pena é pensar que ao longo de quatro décadas, assim como os músicos da banda inglesa The Who, Phill Collins ignorou os milhares de fãs latinos e brasileiros, negou-lhes o prazer de vê-lo em plena forma, vindo somente agora que o final da carreira parece próximo. Não dá pra negar que um sentimento de melancolia, inevitável, pairou no ar, principalmente, entre aqueles que já passaram dos 40. Por isso é difícil dizer até breve Phill.
SET LIST PHILL COLLINS 25Fev
1. Against All Odds (Take a Look at Me Now)
2. Another Day In Paradise
3. I
Missed Again
4. Hang
in Long Enough
5. Wake
Up Call
6. Throwing
It All Away (Genesis song)
7. Follow
You Follow Me (Genesis song)
8. Who
Said I Would
9. Separate
Lives (Stephen Bishop cover) (Preceded by band
presentation)
10. Something Happened on the Way to Heaven
11. In the
Air Tonight
12. You
Can't Hurry Love (The Supremes cover)
13. Dance
Into the Light
14. Invisible
Touch (Genesis song)
15. Easy
Lover (Philip Bailey cover)
16. Sussudio
BIS
17. Take
Me Home
ABERTURA
THE PRETENDERS
E para celebrar a noite que parecia uma volta aos anos 80, Phill Collins teve uma abertura de luxo, The Pretenders e a incrível voz de Chrissie Hynde, aqueceram bem o público com vários hits da banda.
SET LIST THE PRETENDERS 25Fev
1.
Don’t Cut Your Hair
2.
Talk Of The Town
3.
Back on the Chain Gang
4.
Private Life
5.
Message Of Love
6.
Hymn to Her
7.
Boots Of Chinese Plastic
8.
Stop Your Sobbing (The Kinks cover)
9.
I’ll Stand by You
10.
Forever Young (Bob Dylan cover)
11.
Night in My Veins
12.
Brass in Pocket
13.
Don’t Get Me Wrong
14.
Mystery Achievement
15.
Middle of the Road
As imagens podem estar sobre direitos autorais.
