BON JOVI: A ESPERA CHEGOU AO FIM
MORUMBI 6/10/10
Texto: Rozineide M Cruz – a Crug
Quinze anos desde a última passagem, 21 anos desde o primeiro show no país, justamente no Estádio do Morumbi no extinto Festival Hollywood Rock em 89 e, finalmente o dia chegou.
Mais maduros, com uma longa estrada e a bagagem carregada de clássicos o show da banda Bon Jovi no Estádio do Morumbi pode ser relacionado como um dos melhores shows que passaram pelo Brasil em 2010.
Aquela história de que show do BON JOVI é só pra meninas, não cola mais. O Morumbi lotado com um público bem heterogêneo dava bem o clima. Aliás, é falta de respeito e preconceito contra uma banda com quase trinta anos de estrada e muita competência. Ninguém segue lotando arenas e estádios mundo a fora se não tiver competência pra isso. E o show foi prova disso. Sim! As fãs e seus gritos histéricos estavam lá, juntamente com seus acompanhantes os “co...conformados” que já sabem: quando o frontman Jon Bon Jovi pisa no palco, fica difícil negar o que é evidente. Hilário!
Eles são fãs do cara que povoa os sonhos de suas amadas, e até deles próprios. Quem eles gostariam de ser? John. Hilário!
Eles são fãs do cara que povoa os sonhos de suas amadas, e até deles próprios. Quem eles gostariam de ser? John. Hilário!
Tietagem à parte, podemos dizer que valeu, o show foi sensacional. Em tempos de alta tecnologia, Megashows com palcos gigantescos, efeitos especiais, ver um show onde o foco principal é a banda é muito bom. É a esperança de ver preservado em meio a tudo a essência: o rock, o virtuosismo da banda, seus integrantes, as canções e a sua integração com o público. O Bon Jovi trouxe a tona tudo isso; mas errou feio quando na metade do show o guitarrista Richie Sambora assume os vocais de “Lay your hands on me” que na prática como no videoclip, teria a função de incendiar o público de mais de 61.000 pessoas, só que o efeito foi contrário: um incômodo estado de letargia, como um carro que não quer pegar. É a velha história: nem tudo o que é bom se mistura como queijo e goiabada. As mãos que deveriam se erguer ficaram estáticas, o guitarrista parecia cantar pra ele mesmo, o público não veio junto. Ficou um vazio no ar logo preenchido quando Jon Bon Jovi reapareceu no palco. Ufa!
Foram quase 3 horas de show que, apesar de ter aquela cara de script decorado e ensaiado a exaustão, é impossível negar o carisma e a empatia da banda e principalmente do seu vocalista – Jon Bon Jovi – com o público. Isso ficou claro no “parabéns pra você” puxado por ele na comemoração do aniversário do baterista Tico Torres (7/10). O que o público viu foi uma banda muito mais leve, autêntica,se divertindo muito mais do que cumprindo uma agenda. Os anos finalmente os fizeram relaxar. Com certeza, os fãs que ali estavam, representando as três décadas da banda, não mais os seguem por serem os “rostinhos bonitos”, mas pelas canções que compuseram e acabaram fazendo parte da trilha sonora de suas vidas. Carismáticos ou bonachões, não importa, que os estadunidenses de New Jersey continuem na estrada e não demorem tanto a voltar.
"Blood On Blood""We Weren’t Born To Follow"
"You Give Love a Bad Name"
"Born To Be My Baby"
"Lost Highway"
"Superman Tonight"
"In These Arms"
"Captain Crash"
"When We Were Beautiful"
"Runaway"
"We Got It Going On"
"It’s My Life"
"Bad Medicine ~ Pretty Woman ~ Shout"
"Lay Your Hands On Me" – por Richie Sambora
"Always"
"Blaze Of Glory"
"I’ll Be There For You"
"Have a Nice Day"
"I’ll Sleep When I’m Dead"
"Working For The Working Man"
"Who Says You Can’t Go Home?"
"Keep The Faith"
"These Days"
"Wanted Dead Or Alive"
"Someday I’ll Be Saturday Night"
"Livin’ On a Prayer"
"Bed Of Roses"
As imagens podem ter direitos autorais
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